O delegado Protógenes Queiroz disse nesta quarta-feira (8/04) que a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, foi informal.
A Satiagraha investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Protógenes, que comandou a Satiagraha, é alvo de inquérito interno da PF que apura supostos excessos comentidos por ele na operação.
Sem entrar em detalhes sobre a atuação dos agentes, Protógenes disse à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara que a presença da Abin em operações da PF está prevista pela legislação brasileira.
"Está dentro da legalidade a participação da Abin em ações da Polícia Federal. E não foi apenas na Satiagraha, foram mais de 160 operações", afirmou.
O argumento do delegado é que não houve a formalização da atuação da Abin porque nenhum documento oficial sobre a colaboração dos agentes foi assinado. Protógens disse que o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa, admitiu publicamente que houve maior facilidade de cooperação da Abin com a corporação na época em que Paulo Lacerda esteve no comando da agência."O próprio Luiz Fernando, em entrevista à revista IstoÉ, disse que havia maior facilidade dos órgãos porque o doutor Lacerda era ex-diretor da PF", disse.
O delegado manteve à CPI a versão de que vem sendo perseguido dentro da Polícia Federal por supostas irregularidades cometidas durante a Satiagraha. Protógenes disse que teve que recorrer à Justiça para conquistar o direito de ter acesso aos autos da investigação da PF sobre a sua conduta na operação.Protógenes criticou o delegado Amaro Vieira Ferreira, responsável por investigar vazamentos de informação e quebra de sigilo funcional na Satiagraha.
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