quarta-feira, 8 de abril de 2009

Protógenes diz que escutas da Satiagraha foram autorizadas e nega vazamento

O delegado Protógenes Queiroz afirmou nesta quarta-feira (8/04) que não realizou escutas telefônicas ilegais durante a Operação Satiagraha, que investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Ele depõe para a CPI das Escutas Clandestinas da Câmara amparado por um habeas corpus que lhe dá o direito de ficar calado e não responder às perguntas dos deputados.Protógenes afirmou que todos os grampos foram executados com autorização judicial, o que ficou comprovado pelo fato de não ter sido indiciado por esse crime pela Polícia Federal.
"Todas as interceptações do período da Satiagraha foram com autorização judicial, com fiscalização diuturna do Ministério Público, inclusive alvo de auditoria por meio de investigação conduzida pelo delegado Amaro, para ver se existia algum fragmento de interceptação clandestina", afirmou.
O delegado Amaro Vieira investiga, no âmbito da Corregedoria da Polícia Federal, supostas irregularidades cometidas por Protógenes no período em que esteve no comando da Satiagraha.Protógenes afirmou que todas as interceptações telefônicas coletadas pela Polícia Federal foram auditadas, sem a possibilidade de alteração ou adulteração de dados.
"Dados da Satiagraha estão disponíveis à justiça e já foram objetos de auditagem", afirmou.
Protógenes criticou a condução do inquérito presidido pelo colega para investigá-lo.
Segundo o delegado, Amaro deveria investigar a denúncia de vazamento de informações e quebra de sigilo funcional supostamente cometidos na Satiagraha, ao invés de se debruçar sobre escutas clandestinas."O objeto jurídico da investigação do delegado Amaro é vazamento de informações da Satiagraha, não tem nada a ver com interceptação clandestina.
O delegado disse ter sido intimado por Amaro para esclarecer detalhes da Satiagraha em menos de 24 horas, prazo considerado pequeno por Protógenes. "Em dez anos de Polícia Federal, de potencial ofensivo de último grau, eu jamais tratei qualquer investigado dessa forma.
Inclusive, tinha ordem se eu não comparecesse, comparecer coercitivamente", criticou.
Fonte:Correio Braziliense
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