sexta-feira, 10 de abril de 2009

Diogo Mainardi: Para ler e ouvir clique aqui



Seguem trechos da coluna do meu amigo Diogo na Veja deste sábado (leia/ouça no Podcast do Diogo a síntese das notícias que tratam do caso) :


Lula e Barack Obama confraternizaram no G-20 como Falstaff e o Príncipe de Gales no H-4 – ou Henrique IV.

Ato I, cena II:

FALSTAFF – Que horas são, rapaz?

PRÍNCIPE – Embruteceste de tal modo, à força de beber xerez, de desabotoar-te depois da ceia e de dormir à tarde sobre os bancos, que esqueces de perguntar o que realmente mais importa saberes. Que diabo tens tu que ver com o tempo?

Falstaff – o Falstaff shakespeariano – é obeso, barbado, embriagado, ocioso, medroso, mulherengo, traidor, desonesto. Ele anima as noitadas do Príncipe de Gales com seus planos para roubar as bolsas dos peregrinos. O Príncipe de Gales só se aborrece quando Falstaff é infiel à sua imagem de fanfarronice, como na passagem em que pergunta, distraidamente, as horas.



Lula – isso mesmo, o Lula shakespeariano – animou as noitadas de Barack Obama durante o
G-20. Quando perguntou as horas, ninguém respondeu. O Brasil representa o elemento de comicidade nesses encontros internacionais, a taberna suja e barulhenta que contrasta com o rigor puritano do Castelo de Westminster. A trama que "realmente mais importa", na qual se decide o destino da Inglaterra, se desenrola em outras cenas, em outros ambientes, com outros protagonistas.
Para ler e ouvir a síntese até o fim, clique aqui




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