Um morador do Guará conseguiu na Justiça o direito a parte da herança do homem com quem dividiu uma casa por 12 anos. A 11ª Vara Cível de Brasília reconheceu a sociedade de fato post mortem (ver Entenda o caso) entre um cabeleireiro e um aposentado morto há três anos. A decisão em primeira instância é a primeira vitória do cabeleireiro Carlos Roberto Gonçalves, 42 anos, que viveu com Antônio Martins da Silva até 2005, ano em que o aposentado foi internado em um hospital. Antônio morreu em janeiro de 2006, aos 65 anos, quando começou a disputa judicial pelos bens deixados por ele.
O cabeleireiro entrou na Justiça para pedir o reconhecimento da união estável e não perder os bens adquiridos nos últimos anos .
A convivência de Carlos e Antônio está registrada em dezenas de fotografias até hoje guardadas na casa do cabeleireiro e nas histórias de mais de uma década de intimidade.
Para o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o Poder Judiciário de Brasília está seguindo uma tendência nacional de apoio aos direitos de casais do mesmo sexo.
Fonte:Correio Braziliense