O decreto estabelece "um processo através do qual Guantánamo será fechado em um ano o mais tardar", disse Obama durante a cerimônia de assinatura.
O presidente também assinou um outro decreto impondo aos Estados Unidos à conformação às convenções de Genebra e ao manual do exército americano no tratamento dos prisioneiros.
O presidente dos Estados Unidos também pediu nesta quinta-feira a Israel que abra os postos de passagem nas fronteiras de Gaza para que possa entrar a ajuda humanitária e fluir o comércio.
O novo governo contará com o ex-senador George Mitchell, 75 anos, no cargo de emissário para o Oriente Médio que prometeu empreender "todos os esforços necessários para alcançar a paz e a estabilidade no Oriente Médio", ao aceitar sua nomeação.
Com os decretos de hoje, "a mensagem que enviamos ao mundo, é a de que os Estados Unidos têm a intenção de prosseguir o combate, comprometidos, no entanto contra a violência e o terrorismo, o que faremos com vigilância, com eficácia, dentro do respeito a nossos valores e ideais", disse.
Obama assinou o decreto no Salão Oval, cercado de militares e funcionários, após uma reunião em que debateu com eles a política de interrogatório e de detenção de pessoas suspeitas de terrorismo.
Organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram Guantánamo como uma zona de não-direito, onde os prisioneiros permanecem durante anos sem uma acusação formal.
A notícia do projeto de fechamento havia sido revelada um dia depois de Obama pedir a suspensão durante 120 dias dos julgamentos que acontecem em Guantánamo, com o objetivo de permitir a revisão das políticas e condições de detenção na prisão.
A prisão de Guantánamo, atualmente com um total de 245 detentos, foi aberta em 2002, como parte da "guerra contra o terrorismo" iniciada pelo governo de George W. Bush depois dos atentados de Nova York e Washington.Os tribunais de exceção para julgar alguns de seus prisioneiros foram criados em 2006.As novas medidas estabelecidas pelo presidente "modificam as regras de detenção e de interrogatório da CIA.
A última versão do manual do exército (Army Field Manual) revisada em 2006, proíbe explicitamente técnicas de interrogatório tais como os golpes, a utilização de animais para assustar os prisioneiros, o eletrochoque e a simulação de afogamento, considerados tortura pelas organizações de defesa dos direitos humanos.A situação no Afeganistão é "perigosa", e "vai levar tempo para melhorar", declarou Barack Obama, que acaba de nomear um emissário para a região.
France Press-Correio Braziliense