quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Luiz Paulo Horta vence eleição para a ABL

Jornalista venceu Ziraldo em último e terceiro escrutínio.
Ele venceu a disputa pela cadeira 23, cuja última ocupante foi Zélia Gattai.
O jornalista Luiz Paulo Horta foi eleito o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele recebeu 23 votos (mais da metade do total de integrantes da ABL) e venceu Ziraldo (11 votos) no terceiro e último escrutínio. Horta também liderou as outras duas votações nesta tarde de quinta-feira (21).

Ele ocupará a cadeira 23, inaugurada por Machado de Assis, e que era ocupada por Zélia Gattai até sua morte em maio deste ano. Uma comissão irá até a casa do novo acadêmico, em Copacabana, para noticiar pessoalmente o resultado.

"Foi uma eleição disputada e o resultado não foi muito esperado. Mas Ziraldo teve uma votação significativa", afirmou Cícero Sandroni, presidente da ABL. Outros candidatos que tiveram votação significativa nos dois primeiros escrutínios foram Isabel Lustosa, Antônio Torres e Fábio Lucas. Houve um total de 19 candidatos nesta primeira eleição desde 2006 - quando o ex-chanceler Celso Lafer foi escolhido para a Academia.

Luiz Paulo Horta, é carioca, tem 65 anos e possui diversos títulos escritos sobre música erudita. É colunista e editor de opinião do jornal "O Globo" e trabalhou também no "Jornal do Brasil". Entre os títulos com sua assinatura estão "Dicionário de música Zahar", "A música das esferas", "Sete noites com os clássicos", "Guia de música clássica em CD" e "Villa-Lobos - Uma introdução".

Ele também é membro da Academia Brasileira de Música. Entre 1985 e 1990 foi o responsável pela seção musical do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Polêmica com Ziraldo
Já a candidatura de Ziraldo foi cercada de polêmica depois que ele recebeu R$ 1 milhão em indenização e pensão mensal de R$ 4 mil em razão da perseguição política na época da ditadura militar. O cartunista e escritor disse que "estava se lixando" para os críticos da concessão do benefício e que estes "tomavam cafezinho com Golbery [do Couto e Silva, integrante do regime militar no Brasil]".

O primeiro ocupante da cadeira 23 foi Machado de Assis - lembrado por seu centenário de morte neste ano - e seu patrono é José de Alencar.
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