O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, sinalizou nesta quinta-feira (04/09) a integrantes da CPI das Escutas Clandestinas da Câmara que poderá aceitar o convite para prestar depoimento à comissão. O convite foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, mas endossado pela CPI, para que Mendes apresente detalhes sobre os grampos supostamente realizados pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em telefones utilizados pelo presidente do STF.
Mendes vai consultar informalmente ministros do Supremo antes de definir se aceitará o convite dos parlamentares. Os deputados estudam realizar sessão conjunta da CPI com as Comissões de Segurança da Câmara e do Senado, além da Comissão Mista de Atividades de Inteligência do Congresso, para que Mendes seja ouvido --caso o presidente do STF decida aceitar o convite.
O presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que o ministro demonstrou "disposição" em comparecer ao Congresso --mas antes deixou claro que pretende ouvir os demais ministros do STF sobre a sua presença no Congresso.
Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foram convidados para prestar depoimento sobre o episódio em que foram vítimas de grampo telefônico supostamente executado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), segundo divulgado pela revista "Veja". A revista reproduziu um trecho do diálogo entre o parlamentar e o presidente do STF, o que comprova a realização do grampo.Depois da aprovação do convite, o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse que a comissão está à disposição de Mendes e Demóstenes desde que o episódio do grampo foi revelado pela revista Veja. "Eu mantive contato com as duas autoridades colocando a CPI à disposição de ambos. Se assentirem, poderemos fazer reunião conjunta e dessa forma suprir os dados que precisamos para esse trabalho tão importante", afirmou o deputado.
Demóstenes disse que o teor do diálogo entre Mendes e Demóstenes, revelado pela revista "Veja", não sofreu cortes ou edições ao se tornar público. "Foi aquilo mesmo", afirmou.
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