sábado, 13 de setembro de 2008

Estadão:"Crise na Bolívia"

A crise na Bolívia assumiu ontem proporções regionais. O conflito começou a se internacionalizar na quarta-feira, depois que o presidente boliviano, Evo Morales, acusou os EUA de ajudar a oposição do seu país e declarou persona non grata o embaixador americano em La Paz.
O venezuelano Hugo Chávez fez o mesmo "em solidariedade" à Bolívia; e Honduras suspendeu a recepção das credenciais do novo representante americano no país. Em represália, os EUA resolveram ontem mandar de volta para casa o embaixador venezuelano em Washington.
O boliviano também já está a caminho de La Paz. Brasil e Argentina - diretamente afetados pelos cortes no envio de gás boliviano - uniram-se a Colômbia e Chile para tentar mediar a crise entre o governo e a oposição boliviana, mas a intermediação foi rejeitada por Evo. Ao mesmo tempo, o Exército da Bolívia também rejeitou a "intromissão" de Chávez , que havia oferecido ajuda militar a grupos armados aliados a Evo.Todo o transbordamento da crise ocorre num momento delicado nas relações entre os EUA e Rússia. A Rússia quer estreitar os laços com Cuba e Venezuela e enviou aviões e navios para fazerem exercícios militares no Caribe.
Dois bombardeiros chegaram na quarta-feira à base de Libertadores, na Venezuela. "É uma mensagem ao império", ameaçou Chávez.
Fonte:Estadão