terça-feira, 9 de setembro de 2008

Lacerda e Virgílio batem boca sobre grampo no Senado

O diretor-geral afastado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Paulo Lacerda que prestou depoimentos sobre "grampos" telefônicos aos parlamentares da Comissão Mista de Controle de Órgãos de Inteligência, teve um bate-boca com o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). O atrito começou quando Lacerda defendia a Abin e negava veementemente que essa instituição tivesse participado da realização de interceptações e gravações clandestinas de conversas de autoridades.Em uma referência à declaração do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de que a Abin teria comprado no Exterior um equipamento conhecido como maleta de dupla face, que serve ao mesmo tempo para fazer varredura contra "grampos" telefônicos e para gravar conversas, Lacerda afirmou que a Agência não possui aparelhos capazes de realizar gravações clandestinas, e sim equipamentos destinados justamente a impedir ações invasivas.
À veemência da negativa de Lacerda seguiu-se uma intervenção irônica do senador Virgílio, que lhe perguntou se o ministro Jobim havia mentido.
Lacerda, irritado, reagiu: "Vá perguntar ao Jobim", declarou.
Segundo Lacerda, a Abin jamais realizou atividades ilegais e colaborou com as investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, atendendo a uma solicitação do delegado federal Protógenes Queiroz, mas, em momento algum realizou qualquer atividade para as quais não tivesse respaldo. Lacerda disse ainda que nem a Abin nem seus servidores legalmente cedidos à PF - a título de cooperação - fizeram escutas ilegais.
Leia a íntegra clicando no link:
Fonte:Agência Estado-Correio Braziliense