terça-feira, 22 de julho de 2008

Deu no Correio:Operação Satiagraha está em mãos técnicas, diz Genro


O governo avalia que saiu da linha de tiro na polêmica envolvendo a Operação Satiagraha.
Em conversa reservada no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta terça-feira que o comando da Satiagraha está agora em "mãos técnicas", com reforço de 30 agentes designados pela cúpula da Polícia Federal (PF). O comentário de Genro foi feito em reunião com o ministro Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
No diagnóstico da administração federal, a crise só ocorreu por um "problema disciplinar" na PF, mas foi contornada com a saída do delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a operação e mandou prender o sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Após o afastamento de Queiroz, o comando da PF enviou outro contingente para ajudar o novo delegado do caso, Ricardo Saadi. Com esse auxílio, 50 policiais trabalharão agora para analisar a papelada encontrada nas casas de Dantas, Nahas e Pitta.
Queiroz também pediu reforços quando capitaneava a Satiagraha, mas não foi atendido. Ele requereu, então, agentes à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que o socorreu. A partir daí, porém, o confronto entre Queiroz e o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, ficou explícito. O delegado foi acusado de insubordinação por chamar uma emissora de TV para filmar a prisão do sócio-fundador do Banco Opportunity, do investidor e do prefeito de São Paulo.Pitta apareceu de pijama diante das câmeras.
No Planalto, ministros comemoravam hoje o fato de dificuldades com Queiroz terem desaparecido do noticiário. Um auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as turbulências na ação da PF só apareceram porque houve uma "desafinação da viola" da polícia. Embora o Poder Executivo espere uma segunda fase "quente" na Satiagraha, com o provável envolvimento de mais políticos em desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, o entendimento é de que "o pior já passou" para a Presidência da República.
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