O ministro Tarso Genro (Justiça), subiu o tom nas críticas que faz à atuação do delegado Protógenes Queiroz, desembarcado do comando do inquérito contra Daniel Dantas.
Antes, Tarso falava em “erros pontuais”, cometidos “aqui e ali”.
Agora, o ministro é bem mais explícito. Fala abertamente sobre “erros” e “excessos”.
Equívocos e extrapolações que, nas palavras do ministro, “são atribuíveis, isso tem que ser verificado depois, ao próprio delegado que comandou o inquérito e que está no centro dessa confusão que está aí.”
O ministro insiste: Protógenes saiu porque quis.
Os comentários do ministro foram feitos em entrevista à Rádio Gaúcha, uma das que Tarso concedeu na quinta (17). O áudio está disponível aqui.
Leia sobre outra entrevista aqui.
O ministro divide o inquérito conduzido por Protógenes em duas partes. Um pedaço bom e outro ruim.
Vai abaixo um resumo da opinião do ministro da justiça :
O pedaço bom: "O inquérito, na verdade, tem dois aspectos. O Primeiro aspecto é uma prova técnica e gravada que ele tem, inclusive que já determinaram a denúncia, aceita pelo juiz...”
“...Portanto, o sr. Daniel Dantas é réu. Nesse aspecto, o inquérito tem boa coleção técnica.
“...Portanto, o sr. Daniel Dantas é réu. Nesse aspecto, o inquérito tem boa coleção técnica.
Ele tem um manancial de provas correto...”
O pedaço ruim: O inquérito “tem erros de excessos que foram cometidos, que são atribuíveis, isso tem que ser verificado depois, ao próprio delegado que comandou o inquérito, que está no centro dessa confusão que está aí.
“...Tem pessoas dizendo o seguinte: que esse inquérito está muito mal feito e que o delegado cometeu excessos. (...) Se forem confirmados, esses excessos terão de ser apurados pela corregedoria, depois, da Polícia Federal."
“...Tem pessoas dizendo o seguinte: que esse inquérito está muito mal feito e que o delegado cometeu excessos. (...) Se forem confirmados, esses excessos terão de ser apurados pela corregedoria, depois, da Polícia Federal."
Pedido de prisão de jornalista: nesse ponto, o ministro comenta o pedido de Protógenes, negado pelo juiz do caso, de prisão da jornalista Andréa Michael, da Folha. Ela antecipara, em abril, a operação que a PF deflagrou há uma semana e meia.
Investigação de jornalistas: “...Num determinado momento, o delegado começou a investigar jornalistas. Uma coisa completamente fora de tom, fora de propósito...” “...Coisa que ele poderia fazer, até, num outro inquérito, comunicando aos seus superiores o que está acontecendo...”
Fonte:Blog do Josias