quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Tio Rex esculachou os blogueiros de si mesmo ou puxa sacos do Lula..


Os blogueiros de si mesmos estão impossíveis. Descobriram que uma boa maneira de conseguir alguma visibilidade é atacar a VEJA, o Diogo, o Reinaldo... Entre outras razões porque os nossos leitores ficam sabendo, entram na página do canalha e deixam lá o seu recado. As acusações são as mais diversas, vocês sabem: não respeitamos porcos fedorentos, não respeitamos biógrafos de porcos fedorentos, não respeitamos a opinião de quem divide com eles a pocilga ideológica que justifica a ditadura, o roubo e a morte.
Ao menos uma das acusações me deixou balançado: sou “financiado” pela VEJA!!! Na mosca! É a minha fonte de renda. A única — como os petistas podem saber se quiserem; o caseiro Francenildo que o diga, não é mesmo? Sempre tenho um patrão só de cada vez.
Lamento decepcionar, mas vivo do meu salário. E os blogueiros de si mesmos? Vivem de quê? Quem paga o leite das crianças? A boa vida? A língua solta? Quem financia a terrorismo?
Só não digo que quebro o meu sigilo porque, no Brasil, já o considero quebrado. Todo mundo topa assinar em cartório um documento expondo a sua vida fiscal e bancária? Aceito matar os meus adversários de tédio, mas desconfio que eles não me darão o prazer de me divertir com sua vida venturosa. A idéia de ser “financiado” não deixa de ter um certo apelo sedutor, não é mesmo? Mas sou um sujeito, nesse particular, de vida aborrecida: recebo mesmo é o salário velho de guerra. E chego a desconfiar que a VEJA é tão perversa que só me mantém aqui porque tenho leitores, aos milhares. A propósito: alguns blogueiros da Al Qaeda eletrônica, se não lhes mando alguns internautas, têm o quê? Quem é o “financiado”?
Os meus amigos — alguns petistas, acreditem; poucos, mas os há — sabem o quanto a coisa toda me diverte. Acho que isso acaba transparecendo no blog. Estou entre os privilegiados que conseguem pagar as contas sem sofrer, apesar de trabalhar em excesso (mas sou o único culpado por isso). A sensação de ser um dos que desafinam o coro do petralhismo é muito boa. Ver essa gente estrebuchar, babar o seu ódio, destilar o seu rancor desperta em mim uma curiosidade quase antropológica.
E, no entanto, a VEJA cresce; a Globo mal sente a existência da tal Record News (já chegou a dar 0,5 ponto no Ibope?); Lula É Minha Anta, de Diogo Mainardi, está na lista dos mais vendidos desde a segunda semana de lançamento; este blog é um sucesso; até meados de novembro, eu só perdia em refrências no Google, entre jornalistas e colunistas brasileiros, para Arnaldo Jabor — quem noticiou isso foi Olavo de Carvalho, em seu blog. Eu nem sabia (clique aqui).

Qual é, então, o problema desses caras? Falharam no seu propósito de condenar à solidão aqueles de quem discordam. Só pagam o mico e passam o ridículo de sugerir ao patrão alheio o que ele deve fazer com aqueles que são seus desafetos porque não suportam a divergência.
Assinado: R.Azevedo
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