Por Daniel Bergamasco, na Folha:
A legislação dos Estados Unidos não impõe limites para a cobertura de eleições pela imprensa, seja quanto a temas abordados, tempo de exposição ou espaço aos concorrentes.Como a primeira emenda da Constituição americana garante liberdade de expressão e de imprensa, qualquer projeto de lei que proponha estabelecer restrições se tornará inconstitucional. Dessa forma, os Estados também não podem criar barreiras próprias, segundo a Comissão Eleitoral Federal."Não há limite nenhum. Os jornais puderam falar do [candidato republicano à Presidência dos EUA] John McCain ou do [ex-pré-candidato republicano] Rudolph Giuliani quando e como quiseram.
Lembre-se de que, no início das eleições primárias, Giuliani era mais importante que McCain e ganhava mais espaço do que ele. Depois que não teve muitos votos e perdeu importância no jogo, os jornais passaram naturalmente a dar mais espaço para o concorrente", diz Rick Hasen, especialista em legislação eleitoral na Universidade Loyola, na Califórnia.Para Hasen, o modelo adotado nos EUA é positivo para o país. "Aqui nos Estados Unidos a sociedade se acostumou à liberdade de expressão. Qualquer tentativa de tirar isso, mesmo que seja só um pouquinho, causaria certamente muitos protestos"...Assinante lê mais aqui