O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu, em entrevista em Montevidéu, a notícia de que ele teria sido repreendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter defendido a criação de um novo imposto por meio de medida provisória (MP).
Mantega afirmou que "jamais" havia falado nesse tema e que a notícia não passou de um "factóide". "O presidente não me fez nenhuma reprovação. Isso foi interpretação dos jornais", disse o ministro.
O ministro da Fazenda declarou nesta segunda-feira que o governo deverá anunciar até o final da semana, "se estiverem amadurecidas, as medidas emergenciais, os cortes de gastos e alguma modificação nos impostos", para compensar as perdas de arrecadação com a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Mantega informou que, até lá, deverá tratar das propostas em estudo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com seus colegas de ministério.fonte:uai
Josias:
"Guido Mantega imagina que, na conversa, o importante é a palavra. Engano. O relevante num diálogo, diria Nelson Rodrigues, é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem, é na pausa que os interlocutores entram em comunhão".
Lula achou que o auxiliar falava demais. Passou-lhe um pito. Recomendou-lhe calma, moderação. Desdisse parte do que Mantega dissera. Era a hora de o ministro render homenagens à pausa. Mas Mantega tem fixação pela palavra.
Ao longo desta semana, Mantega e Lula têm muito a conversar. Se o presidente disse o que disse em público, imagine-se o que não dirá quando estiver "face to face" com Guido.
Ao longo desta semana, Mantega e Lula têm muito a conversar. Se o presidente disse o que disse em público, imagine-se o que não dirá quando estiver "face to face" com Guido.