Bucci, a rigor, é muito repugnante,porque está longe de ser burro. Ele foge do debate proposto pelos tontons-macoutes do partido: “Ah, essa mídia comercial e de direita distorce tudo”. Não, ele não entra nessa. Até porque a empresa privada sempre foi muito simpática a seu stalinismo estofado e com ar condicionado.
Comecei meio tarde no jornalismo, aos 25 anos, em 1986. Sempre exerci o chamado “cargo de confiança” — até chegar ao estágio atual, em que puxo a minha própria orelha. Engraçado! Acho que, na verdade, nunca fui de confiança!!! Nunca ninguém me chamou pra fazer uma sacanagem "contruztrabaiadô". Fui editor-adjunto de política da Folha. Depois fui coordenador de política da Sucursal de Brasília do jornal. Sempre ali, torcendo pelo momento em que Otavio Frias Filho me pediria um atozinho conspiratório que fosse "contruzinteressepopulá". E nada! E olhem que a Folha já publicava anúncios naquele tempo... Depois fui redator-chefe de revistas, diretor de redação. Virei até dono de uma. E não há um só profissional que possa dizer: “Huuummm, esse Rex,nunca lucrou com o dinheiro público.
Não sei que diabos Eugênio andou fazendo vida afora. Eu sei que me comportei na Folha, na República, na BRAVO!, na Primeira Leitura como me comporto agora na VEJA:Não faço média como o governo Lula e ignoro as páginas de anúncios estatais.Em algumas outras revistas, a tarefa já é mais simples: basta distribuir as paginetas de algumas estatais, não é?Não, eu não vou cair nessa conversa mole de Eugênio Bucci, ele é um dinossauro com casaca pseudo-acadêmica. Eu continuo interessado em saber quanto custa ao distinto público cada ponto do Ibope da Lula News e cada ponto do Ibope da TV Globo.
É assim que os “Eles-Gênios” do estatismo sufocam o país.