Pluralidade e sectarismo: a Revistona e a revistinha
Naquele debate a que fui, na São Francisco — já escrevi alguns posts a respeito —, os 13 alunos extremistas esqueceram "Cuba e as perspectivas da esquerda na América Latina" para me indagar sobre a linha editorial de VEJA, estimulados, é verdade, pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP). Segundo o político, a revista "nunca dá o outro lado". Também indaguei, se a imprensa nanica também não dá o tal “outro lado”. Seria esta uma obrigação da VEJA, mas não, por exemplo, da Carta Capital?Na resposta, perguntei ao deputado e aos presentes o que impedia as esquerdas de fazerem, então, a sua própria "VEJA". Por que não se esforçam para criar uma revista de 1.200.000 exemplares que reproduza o seu ponto de vista? É possível que lhes faltem anunciantes, mas certamente não lhes faltará grana, já que são muito serelepes em meter a mão no dinheiro público. Fui ler a tal Carta Capital — uma revista nanica, "de esquerda" . Aí migrei para a reportagem, cujo título é "Selva, sangue e mentiras". A revistinha "de esquerda" diz que os terroristas das Farc, que seqüestram civis (há perto de 700 em seus campos de concentração), torturam, matam e traficam droga são "guerrilheiros".
O fundamental é constatar que VEJA expressa, sim, o seu ponto de vista no material publicado — contra o terrorismo; contra a guerra; a favor da legalidade —, mas conserva, ela sim, a tal pluralidade, sem permitir que isso se confunda com pusilanimidade.Quem vai cobrar "pluralidade" da Carta Capital? Ninguém! Em primeiro lugar, porque lhe faltam leitores para formar, vá lá, alguma massa crítica.
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