O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a oposição pelas críticas ao suposto perfil eleitoreiro das cerimônias de inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Lula disse que vai continuar trabalhando enquanto outros gritam e xingam. "Eu sei que tem pessoas que não gostariam que eu estivesse aqui. Mas enquanto a oposição grita, xinga, a gente trabalha. E vamos ver quem vai produzir mais", disse o presidente no lançamento do PAC da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio. Sem mencionar o suposto dossiê com gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da ex-primeira-dama Ruth Cardoso e de ex-ministros tucanos, Lula defendeu a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). A secretária-executiva da Casa Civil, braço-direito de Dilma, é acusada de ordenar a montagem do suposto dossiê.
Lula voltou a chamar Dilma de "mãe do PAC", batizou o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de "pai do PAC" no Rio e elogiou o senador Marcelo Crivella (PRB) --pré-candidato à prefeitura do Rio e que não estava presente. Pela primeira vez em inaugurações de obras do PAC no Rio, Dilma falou no palanque. "O Brasil não crescia de forma continuada há quase 30 anos. Estamos conseguindo colocar o crescimento na pauta deste país", disse, enquanto ouviu do público gritos com o seu nome. Descontraída, a ministra sorriu bastante, acenou e tirou fotos da platéia. O ministro Márcio Fortes (Cidades) justificou a presença de Lula em inaugurações do PAC pelo caráter "excepcional" do programa e disse que as viagens do presidente estão "possivelmente" incomodando a oposição. "Alguns estão reclamando que há muita presença do presidente nesses eventos. Acontece que o PAC é um "projeto excepcional" de anúncio.
Fonte:FolhaNews