(o "insuspeito" colunista da revista Veja) sobre uma senadora do PT.
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Achei que esta senhora já tivesse palmilhado cada detalhe da abjeção política na CPI do Mensalão, com seu histrionismo estridente, com sua determinação de sabotar qualquer avanço nas investigações, com a sua subserviência à orientação do Planalto, evidenciando que não há no que fala e faz uma sombra mínima de individualidade. Ideli já tinha pintado o sete em comissões de investigação. Só não a tinha visto ainda como vivandeira. E ontem eu vi. Já chego lá.
Dedo em riste, ela combatia, com a fúria adequada a seu physique du role, a convocação da ministra Dilma Rosseff (Casa Civil) para explicar o dossiê elaborado pelo Planalto.
Dizia, aos berros, com aquela voz horrenda:“ Dilma não vem pelo que representa hoje e pelo que pode representar em 2010”.
No mundo de Ideli, ministros de estado, não vão a CPIs. E menos ainda aqueles que são apontados como presidenciáveis. Esta senhora, se pudesse, cassava ali uma prerrogativa do Parlamento.
Já escrevi tantas vezes, não é? CPIs se tornaram instâncias inúteis. A democracia, para que funcione a contento, supõe que os Poderes da República e seus representantes tenham um mínimo de decoro — e o PT não está absolutamente preocupado com isso. Se os demais partidos têm lá algum senso de limite, ele não tem nenhum. Os petistas queriam a comissão apenas como um tribunal de acusação do governo FHC, com o trabalho adicional feito pelo falso jornalismo investigativo, que transformaria informações do dossiê em reportagens, que, por sua vez, alimentariam a CPI. Esse era o circo. Mas VEJA acabou com a chicana. E aí foi preciso voltar à truculência de sempre.
A vivandeira Ideli (senadora do PT-SC) é, a um só tempo, a cara e a caricatura do poder petista.
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