domingo, 16 de março de 2008

Lula destacou o período de estabilidade econômica do país e criticou economistas de governos passados que, segundo ele, impediram o país de crescer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira (14), em Araraquara (SP), que é preciso ter cuidado para que o consumo não cresça mais do que a capacidade produtiva do país, para evitar a volta da inflação, o que ele classificou como uma "doença desgraçada".
"Se cresce muito o consumo e a indústria não investe em novas fábricas, nova produção, temos de volta uma doença de que não gostamos, que é a inflação, que muitas vezes favorece o rico, mas quem paga o preço é o pobre, que vive de salário neste país", afirmou.
Lula voltou a destacar o período de estabilidade econômica do país e criticou economistas de governos passados que, segundo ele, impediram o país de crescer mais rapidamente.
"Durante 26 anos, este país estava preparado para não crescer --havia uma lógica dos economistas do governo de que o Brasil não poderia crescer mais do que 3% ao ano, e nós queremos provar que o Brasil pode crescer 3%, 4%, 5%, 6%, e quanto a economia suportar", disse Lula. "O Brasil não tinha credibilidade externa, a gente não tinha dinheiro para pagar as nossas importações, o dinheiro que a gente tinha de reserva eram US$ 30 bilhões, emprestados pelo FMI, e a gente estava com os juros na estratosfera.
A inflação já tinha ultrapassado os dois dígitos, e a situação era que "o Brasil vai quebrar´", disse o presidente, destacando que, agora o crescimento do PIB de 5,4%, anunciado nesta semana, é sustentado.
No discurso, o presidente também comemorou o fato de as pessoas que recebem o Bolsa Família estarem adquirindo bens de consumo, como geladeiras, e destacou que isso foi criticado pela imprensa. "É preciso acabar neste país com a idéia de que os do andar de baixo não podem nada e os do andar de cima podem tudo", afirmou. Lula esteve em Araraquara para assinar ordens de início das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na área de saneamento.
Fonte:Folha News