Seguem trechos da reportagem.
Por Tânia Monteiro, no Estadão:
Providência e diz que nunca conversou com o presidente Lula sobre os trabalhos na favela.
Ele alega que a obra é importante para o Exército, porque melhora as condições de vida da população da Providência, em favela ao lado do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. Peri diz que "não cogita" desenvolver este trabalho com a proteção da Força Nacional de Segurança Pública, como definiu liminar da Justiça. Indagado se defendia a atuação do Exército em morros ou regiões onde o Estado não entra, lembra que existe "um clamor" da população para a atuação das Forças Armadas, mas ressalta que é preciso debater abertamente o assunto. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Estado.
Por que o Exército apóia a decisão do governo de recorrer contra a retirada do dos militares do morro? No Planalto há setores contra a presença das tropas na área.
O Morro da Providência está junto a um quartel nosso, o Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. É uma área que estava com problemas sérios de tráfico. Quando surgiu a oportunidade deste projeto com o Ministério das Cidades, entendemos que era uma boa oportunidade.
Foi uma decisão política fazer essa obra? Nessa obra não houve mistura de eleições com o Exército? Houve pedido do presidente?
Da parte do Exército não existiu e não existe isso. Eu nunca tratei deste assunto com o presidente da República. Não tratei com o ministro.
Mas era óbvio que a obra iria se estender pelo ano eleitoral?
Para mim interessa que estou tratando com o Ministério das Cidades, que é um órgão permanente. Entendemos que a obra é muito importante para a comunidade. E só nesta primeira fase, que estamos terminando em 45 dias, ela dá trabalho para cerca de 80 moradores, que passaram a ter carteira assinada. A concepção da obra é emprego da mão-de-obra local. Na segunda fase, absorveria mais de 300 pessoas da comunidade
Mas e se o Exército tiver de sair do morro?
Aí, o Exército sai.
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