O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu nesta sexta-feira a produção dos biocombustíveis pelo Brasil ante os representantes da União Européia, durante um encontro em Brdo Pri Kranju, na Eslovênia.
A produção "de álcool no Brasil avançou a tal ponto que este tipo de combustível é agora mais importante que a gasolina para nós, o que, diga-se de passagem, permite reduzir a demanda de petróleo", indicou Amorim durante uma entrevista à imprensa ao lado do ministro Dimitrij Rupel da Eslovênia --país que preside a União Européia atualmente.
Segundo os dirigentes eslovenos, a reunião com o chefe da diplomacia brasileira foi consagrada "à cooperação em matéria de luta contra a pobreza, à mudança climática e aos meios de garantir a segurança energética".
Em relação às críticas de que a produção dos biocombustíveis contribui para o aumento dos preços da alimentação, Amorim destacou que "a produção de álcool progrediu muito mas, a a do trigo no Brasil cresceu mais rápido".
Referindo-se às preocupações sobre o desmatamento da Amazônia em razão das plantações intensivas para a produção do etanol, Amorim assegurou que a produção deste biocombustível no Brasil é feita fora das regiões de floresta tropical --diz respeito a 1% das terras agricultáveis do país, correspondendo a 0,4% da superfície total.
"Na Europa, a produção de biocombustíveis se faz em 7% das terras agricultáveis", afirmou, destacando que o Brasil não dá subsídios aos produtores de etanol.
Fonte:France Press-Folha On Line