sábado, 1 de março de 2008

Lula sobre Mello:Ele quer ser ministro da Suprema Corte ou quer ser político?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou na sexta-feira a existência de uma crise entre o Poder Executivo e o Judiciário.
Essa possibilidade foi questionada após as declarações de quinta-feira(28)do presidente contra o Judiciário. Sem citar nomes, o presidente também alfinetou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, que afirmou que o lançamento do programa Territórios da Cidadania em ano eleitoral poderia ser contestado judicialmente.

“Não existe crise entre Poderes. Até porque cada poder tem autonomia suficiente e nós aprendemos que a sustentabilidade da democracia está em saber respeitar a autonomia de cada um”, disse Lula em entrevista concedida após abertura da 6ª Reunião do Fórum de Governadores do Nordeste. Na sexta-feira, o presidente minimizou as críticas ao Judiciário e afirmou que não se referiu diretamente ao ministro Marco Aurélio Mello.
Primeiro: eu não citei o nome do ministro [Marco Aurélio Mello]. Segundo, eu disse que se a lógica prevalecesse e o governo federal não pode fazer parceria com município em ano que antecede eleição municipal e que governo federal não disputa [eleição] e em ano que presidente disputa --que não é o meu caso--, significa que num mandato de quatro anos vamos governar dois anos”
Fonte:Folha News
O presidente afirmou que quem dá “palpite” também tem de saber ouvir “palpites e opiniões” diferentes.
“Da mesma forma que como ser humano e brasileiro as pessoas dão palpite sobre as coisas, o presidente da República pode dar palpite e julgar os palpites dos outros. Afinal, estamos num debate político”..
Mais do que apoiar o meu governo e mais do que votar contra os que votam contra, é de fazer valer o Poder Legislativo brasileiro, que faz as leis. O Poder Judiciário interpreta as leis, não faz leis. Então, é preciso que a gente reordene as instituições brasileiras para que elas funcionem cada vez mais, democráticas e cada vez mais harmoniosas”.
O governo não se mete no Legislativo e não se mete no Judiciário. Se cada um ficar no seu galho, o Brasil tem chance de ir em frente. Se cada um der palpite [nas coisas do outro], pode conturbar tranqüilidade que sociedade espera de nós”, disse Lula.


Lula insinuou ainda que Mello tinha a pretensão de entrar na vida política.

Quem falou essa sandice [Mello]... Ele quer ser ministro da Suprema Corte ou quer ser político? Se quiser ser político, renuncie lá e se candidate a um cargo para falar as bobagens que quiser na hora que quiser”, afirmou Lula.


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