Perseguidos pelo Exército colombiano, os terroristas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão sendo recebidos de braços abertos na Venezuela. No país vizinho, ganham o status de força beligerante, e a morte de um de seus chefes mereceu até um minuto de silêncio, homenagem prestada pelo presidente da nação diante das câmeras de televisão. Nos últimos nove anos, período que coincide com o mandato de Hugo Chávez no Palácio Miraflores, bandos armados cruzaram a fronteira levando na bagagem seu programa político: extorsões, seqüestros e assassinatos. Três estados venezuelanos que fazem fronteira com a Colômbia estão infestados de narcoterroristas. O fluxo de criminosos colocou os dois países vizinhos em cenários opostos. Enquanto os colombianos aguardam ansiosamente o momento de sair de um pesadelo, os venezuelanos vivem os primeiros momentos de uma guerra não declarada, sem prazo para terminar.
Rex:
Sob as vistas grossas do governo Chávez — e, a depender do caso, com o seu patrocínio — colombianos oriundos das Farc, do Exército de Libertação Nacional e dos paramilitares (sim, também eles) praticam toda série de crimes. As famílias do seqüestrados já tentaram falar com o presidente — mas, sabemos, ele está sempre muito ocupado tentando “libertar” os reféns que estão na Colômbia.Mas não são só os colombianos, não. Sob o patrocínio de Chávez, criou-se na Venezuela a Frente Bolivariana de Libertação (FBL) — gente nativa, armada, que se comporta como exército. Segundo a FBL, há adeptos seus recrutados até no Brasil.
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Leia trecho da reportagem de VEJA em que se fala do Foro de São Paulo. A revista também traz um quadro com alguns temas da política externa brasileira em que se mostram as opiniões do Foro e as do governo brasileiro.
Por Naiara Magalhães:
No auge da crise Colômbia-Equador, enquanto o governo brasileiro se empenhava na tentativa de baixar a temperatura, o assessor da Presidência da República Marco Aurélio Garcia se esforçava para elevá-la. Em entrevista ao jornal francês Le Figaro, o encarregado de Lula para assuntos internacionais elogiou o envio de tropas pela Venezuela e pelo Equador à fronteira com a Colômbia.
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