domingo, 28 de outubro de 2007

Folha :Padre pode ter sigilo bancário quebrado para apurar pagamentos


O padre Júlio Lancelotti pode ter o sigilo bancário quebrado pela polícia para apurar supostas transferências de recursos para o ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, 25, ou pessoas ligadas a ele.

O advogado de defesa de Batista, Nelson Bernardo da Costa, afirmou ter recebido R$ 6 mil em honorários do padre. O pagamento seria referente à defesa que assumiu em um caso de homicídio e teria sido quitado em 2001

De acordo com Costa, os pagamentos dos honorários foram realizados por depósito bancário, em seis parcelas de mil reais. Na época, Batista era acusado por homicídio doloso após matar a tiros um homem em uma briga de bar. Ele foi condenado a 12 anos e recorreu da sentença.

Ex-interno da Febem, Batista teria conhecido e iniciado um relacionamento amoroso com o padre na instituição, onde foi internado aos 16 anos por roubo. "Eles chegaram a ter relações sexuais dentro da igreja", afirmou.

Costa disse que a quantia repassada pelo padre a seu cliente foi de R$ 600 mil a R$ 700 mil em oito anos. Com esse dinheiro, segundo o advogado, o ex-interno comprou carros de luxo e uma casa.

O delegado-assistente da SIG Marco Antonio Bernardino informou que a Cúria Metropolitana de São Paulo (setor administrativo da Igreja Católica) pediu à Justiça, no início da semana passada, que o caso fosse conduzido sob sigilo.

Espanta Fantasma comenta:
A Igreja Católica de São Paulo corre o risco de entrar numa espiral inédita de descrédito.
E tudo por quê? Porque a primeira linha de defesa que se faz do padre é política. Querem transformá-lo num mártir ideológico. A imprensa, de maneira geral, revela pouquíssimo fôlego investigativo na questão,repito:se fosse um judeu,um mulçumano,um evangélico a imprensa teria metido o pau,mas como é um padre eles estão querendo abafar o caso. Padre Júlio agora diz que o escândalo em que está envolvido é perseguição política.
O que dizer? Fogo nele.