O procurador-geral da república Antonio Fernando de Souza (foto) viaja para a Europa nesta quinta-feira (18). Ficará fora do país até o próximo dia 26. Em função disso, o manda-chuva do Ministério Público adiou o envio ao STF da denúncia contra os encrencados no “tucanoduto”, o esquema que borrifou nas arcas eleitorais do PSDB mineiro, em 1998, verbas públicas e dinheiro de má origem coletado por Marcos Valério, o coletor-mor.
"Tentei resolver tudo antes de viajar, mas não deu tempo", disse Antonio Fernando. Assim, mantém-se o suspense quanto à inclusão –ou não— no texto da denúncia do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ex-presidente nacional do tucanato, e do ministro Walfrido dos Mares Guia, coordenador político de Lula. Continuam pendurados num vistoso ponto de interrogação, de resto, as outras 34 pessoas mencionadas no inquérito realizado pela Polícia Federal, por encomenda do procurador.
A dúvida permite que os potenciais encrencados continuem recorrendo ao hilário para tentar explicar o inexplicável. No rastro da pregação de Azeredo –“Eu não sabia”—, o ex-coordenador-geral da campanha reeleitoral encabeçada pelo senador nove anos atrás saiu-se com “explicação” semelhante.
Josias de Souza