Resumo:
O Ministério Público Federal em São Paulo se manifestou contra o terceiro pedido de prisão do banqueiro Daniel Dantas formulado pela Polícia Federal. Para a Procuradoria, o delegado Ricardo Saadi, que preside o inquérito contra o banqueiro, não reuniu fatos novos que justificassem a medida. O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, ainda analisará a demanda. Não há prazo para sua manifestação.
O pedido está relacionado ao inquérito da Operação Satiagraha, em que Dantas é investigado por supostos crimes financeiros. Não tem vínculo com a condenação imposta ao banqueiro na última terça-feira (02/12), quando ele foi sentenciado a dez anos de prisão e a pagar R$ 13,4 milhões de indenização e multa por ter oferecido R$ 1 milhão a um delegado para ser excluído do inquérito. Dantas irá recorrer da sentença em liberdade.
No documento em que faz o novo pedido de prisão, Saadi sustenta que Dantas continuou a praticar os crimes pelos quais é investigado: gestão fraudulenta e temerária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilhas.
*Conflitos indígenas
O diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, decidiu na quinta-feira (04/12) que o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Satiagraha, será transferido para uma área distante de investigações. Em janeiro, ele assumirá cargo na Coordenadoria Geral de Defesa Institucional, setor responsável por intermediar conflitos indígenas e de sem-terra e pela segurança de autoridades.
Fonte:Correio Braziliense-Folha News