Subiu para 280 o total de palestinos mortos desde o início da nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Neste domingo (28/12), mesmo depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) ter pedido a "suspensão imediata de toda a violência" no local, aviões israelenses realizaram mais bombardeios sobre o sul da região e o gabinete de Israel decidiu convocar pelo menos 6.500 reservistas, o que sugere a ampliação da ofensiva por terra.
Hoje foram atingidos com bombas e mísseis uma importante instalação de segurança, uma mesquita, uma emissora de televisão e dezenas de outros alvos em Gaza. Mais de 600 pessoas ficaram feridas, em um dos mais intensos ataques já realizados por Israel. O governo israelense diz que a investida ocorre para impedir o lançamento de foguetes de Gaza no território de Israel. A maioria das vítimas é da polícia do Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse que a campanha pode demorar mais que o inicialmente previsto.
Os militantes palestinos, por sua vez, lançavam hoje dezenas de foguetes em comunidades israelenses na fronteira. Dois deles chegaram perto de Ashdod, maior cidade do sul de Israel, distante 38 quilômetros de Gaza. O fato confirma o temor israelense de que os foguetes lançados pelos militantes têm capacidade para alcançar grandes centros populacionais.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, um forte opositor do Hamas, pediu ao grupo que renove o cessar-fogo com Israel, encerrado há oito dias. Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU pediu, além do fim dos confrontos, a abertura de Gaza, a fim de permitir o envio de auxílio humanitário ao território. O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, liberou a passagem para Gaza de quantidades limitadas de suprimentos humanitários, entre eles medicamentos.Os aviões atingiram uma grande instalação de segurança do Hamas em Gaza, um dos símbolos da autoridade do grupo na área. Funcionários do setor de segurança afirmaram que nesse ataque morreram quatro pessoas e 25 ficaram feridas. "Esses ataques fortalecem nosso apoio popular, nosso poder militar e a firmeza de nossas posições", afirmou Mushir al-Masri, um parlamentar do Hamas.
Os palestinos afirmaram que uma mesquita perto de um hospital em Cidade de Gaza também foi destruída. Israel afirmou que o local era uma "base para atividades terroristas". Israel também monitora a possibilidade de possíveis distúrbios na Cisjordânia. A campanha militar inflamou os ânimos no mundo árabe, que respondeu com protestos .
Fonte:Agência Estado-Correio Braziliense