quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Fidel Castro decidiu morrer como ex-presidente depois de meio século gloriosamente vestido de verde oliva disfarçado de "guerrilheiro heróico"

Por Carlos Alberto Montaner, no Estadão:
Fidel Castro decidiu morrer como ex-presidente. Não agüenta mais. Depois de meio século gloriosamente vestido de verde oliva, disfarçado de guerrilheiro heróico, é muito difícil governar um país de moletom, sentado em uma cadeira de balanço.
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O saldo destes cinqüenta anos é pavoroso. Não há como a História absolvê-lo. Isso é impedido pelos dois milhões de exilados, milhares de presos políticos, fuzilamentos, a ausência absoluta de liberdades em Cuba, as famílias destroçadas, e o maior fracasso material da história das ditaduras latino-americanas.
Quase todos os regimes tirânicos, do paraguaio Alfredo Stroessner ao nicaragüense Somoza, foram corruptos e injustos do ponto de vista social, mas deixaram seus países mais ricos. Em Cuba foi diferente. Como conseqüência do torpe governo de Fidel Castro e do sistema comunista imposto ao país (responsável pela improdutividade quase assombrosa da ilha), os cinco itens que medem a qualidade de vida da população pioraram: alimentação, habitação, vestuário, transporte e comunicações. Hoje, além da ideologia, a vida em Cuba é um pesadelo insuportável.

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