sábado, 9 de fevereiro de 2008

Veja:Artigo de José Roberto G

Trecho do artigo de José Roberto Guzzo:

(...)Não será surpresa se também começarem a prever, junto com o fim da imprensa, a extinção do alfabeto. Para que um alfabeto, pensando bem, se não haverá mais leitores?
Em seu lugar poderia ser desenvolvido um sistema de imagens, sons e sinais – mais ou menos como já acontece, por exemplo, com esses chimpanzés espertíssimos que aparecem de vez em quando no Discovery Channel.Essa nova realidade, ao que parece, seria recebida com grande satisfação pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se considera hostilizado desde o primeiro dia por uma imprensa destrutiva, maliciosa e parcial.
Não é possível demonstrar, pela observação dos fatos disponíveis, que o presente governo receba da imprensa um tratamento muito diferente do que foi dado aos anteriores. O ex-presidente Fernando Collor, por exemplo, dificilmente concordaria com a afirmação de que foi tratado de maneira amável pelos órgãos de comunicação. E José Sarney, então? Fernando Henrique também não se saiu muito melhor. Mas o atual governo está convencido de que sofre, mais do que qualquer outro, uma perseguição injusta e mal-intencionada da imprensa, e não vai mudar de idéia. É compreensível, assim, que um futuro sem leitura possa lhe parecer melhor que o atual.

Assinante lê mais aqui