A Comissão Européia ofereceu nesta segunda-feira a Raúl Castro, sucessor de seu irmão Fidel à frente do governo cubano, "um diálogo político construtivo" para "melhorar e aprofundar questões de interesse comum". "A Comissão Européia está disposta a seguir trabalhando com o governo cubano, em coordenação com nossos sócios da União Européia, para melhorar e aprofundar questões de interesse comum, como o meio ambiente e as mudanças climáticas", disse o comissário europeu de Desenvolvimento, Louis Michel. Michel deverá viajar para Havana no dia 6 de março, em uma visita de dois dias que oferecerá "a oportunidade de fazer avançar o diálogo da União Européia com o governo cubano".
Raúl Castro iniciou nesta segunda-feira em Cuba a era pós-Fidel, apoiado pelos militares e ao lado da velha guarda comunista, que moderou expectativas sobre mudanças econômicas exigidas pelos cubanos. A União Européia já havia reiterado na terça-feira passada à Cuba sua oferta de um diálogo político com o objetivo de estimular um processo pacífico de transição para uma democracia pluralista, após a renúncia de Fidel Castro à Presidência do país, por motivos de saúde. Espanha, Grã-Bretanha e França manifestaram, em diferentes tons, sua esperança de que a transferência de poder em Cuba abra caminho para "reformas" na ilha.