Por Guilherme Scarance, no Estadão:
Passado exatamente um ano do escândalo envolvendo uma amante e o lobista de uma grande empreiteira, o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) livrou-se de seis representações - cinco arquivadas e uma nunca levada ao Conselho de Ética. O inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto, que tramita em segredo de Justiça, ainda não teve resultados práticos.
Em 25 de maio de 2007, veio às bancas a revista Veja com a denúncia de que o cacique alagoano - então um político influente, com acesso fácil ao Palácio do Planalto - tinha contas pessoais pagas por um lobista da empresa Mendes Júnior. Até a pensão de uma filha fora do casamento, com a jornalista Mônica Veloso, seria custeada pelo amigo. O senador negou, mas a artilharia se seguiu nos meses seguintes, após a confirmação de tudo por Mônica.
Ao todo, Renan virou alvo de seis acusações:
1) ter contas pagas pela Mendes Júnior;
2) atuar em favor da Schincariol na Receita Federal e no INSS;
3) uso de laranjas na compra de duas rádios e um jornal;
4) arrecadação em ministérios do PMDB;
5) espionagem de dois senadores da oposição em Goiás;
6) autoria de emenda que destinou R$ 280 mil à empresa fantasma de ex-assessor.
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