O secretário de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires(foto), já contratou um advogado de defesa e, em conversas com amigos petistas, disse que vai usar todos os recursos legais e técnicos para provar que não foi o responsável pelo vazamento do dossiê com detalhes sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Aparecido se diz “vítima de uma armação” do grupo da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
Eduardo Toledo, que foi o advogado contratado, aconselhou Aparecido a não se manifestar e a esperar os próximos movimentos da CPI dos Cartões, da Polícia Federal e do Palácio do Planalto.
O secretário tem dito a interlocutores com quem já trabalhou que a experiência dele como auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) e assessor de várias CPIs do Congresso não o deixariam cometer o erro primário de enviar por e-mail um dossiê da Casa Civil do governo Lula para um computador de um assessor (André Eduardo da Silva Fernandes) de um senador tucano, Álvaro Dias (PR).A perícia feita pelo Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), a pedido da Casa Civil, indicou que o dossiê saiu do computador pessoal de Aparecido, depois de várias trocas de mensagens eletrônicas com André.
O advogado de Aparecido pode pedir uma perícia no computador do assessor tucano para servir de contraprova à perícia do ITI.
O secretário de Controle Interno avalia que integrantes da Casa Civil teriam arquitetado a trama do envio de documentos para o assessor de Álvaro Dias porque precisavam emplacar a tese de que não houve a elaboração de um dossiê e culpar alguém de dentro pelo envio de informações selecionadas do banco de dados, com o objetivo de prejudicar a ministra Dilma Rousseff. Seguindo nesse raciocínio, a culpa cairia sobre ele, um funcionário que não faz parte do grupo de Erenice, principal auxiliar de Dilma. Só isso explicaria a conclusão de que teria propiciado o vazamento um documento “de forma tão primária e ingênua”.
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