O ex-secretário da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires, que vazou o dossiê com gastos do governo tucano, nomeou no depoimento que deu à Polícia Federal dez funcionários que participaram da "força-tarefa" para levantar os dados.Todos eles trabalham na Casa Civil e pelo menos cinco são subordinados à Secretaria de Administração, chefiada por Norberto Temóteo, apontado por Aparecido como o responsável por recrutar os servidores e coordenar o trabalho.O delegado da PF, Sérgio Menezes, confirmou à Folha os dez nomes. Dois deles ainda não prestaram depoimento: André Marcelo Gusmão Tavares de Oliveira, assessor técnico da Secretaria de Controle Interno, cedido por José Aparecido, e Joaquim Araújo Junior. Questionado se pretende intimá-los a depor, o delegado disse ser "provável".Anteontem, na CPI dos Cartões, José Aparecido disse que os dois funcionários indicados por ele -André e Marcelo Veloso, que entregou cópia da planilha -abandonaram o grupo antes do fim do levantamento. "Saíram para fazer auditoria de gestão", disse Aparecido.
Entre os dez funcionários, está o ecônomo José Roberto de Assis Possa, segundo colocado em volume de gastos com cartão corporativo acumulados entre 2003 e 2007. Nesse período, o cartão dele gerou despesa de R$ 1,4 milhão. Os outros integrantes da força-tarefa são: Francisco Soares de Souza, Adélio Pereira Gomes, Eli Pinheiro da Silva, Paula Alcântara Pereira, Angela Maria Mascarenhas Melis e Elmo José de Albuquerque.No final da tarde de ontem, a Folha tentou, sem sucesso, localizá-los na Presidência da República. A Casa Civil, que tem mantido sob sigilo o nome dos funcionários escalados para confeccionar o banco de dados seletivo, não se posicionou oficialmente.
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