O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, atacou vivamente seu provável adversário nas urnas, o democrata Barack Obama, condenando-o por criticar a guerra no Iraque sem estar lá."Dizer que fracassamos no Iraque e que não estamos conseguindo não corresponde aos fatos no terreno. Então, é preciso que lhe mostremos os fatos no terreno", declarou McCain, durante uma reunião de campanha em Reno (Nevada, oeste), convencido de que os Estados Unidos "estão ganhando" a guerra no Iraque.
"Trata-se de liderança, trata-se de aprender", alfinetou McCain, ressaltando que Obama foi ao Iraque apenas uma vez. Ele aproveitou para convidar o rival a acompanhá-lo.Em paralelo às críticas, o Partido Republicano divulgou um balanço do tempo que se passou desde a última visita de Obama ao Iraque - 871 dias, nesta quarta-feira (28/05).
"Mesmo que não tenha nem a experiência, nem a liderança para ser comandante-em-chefe, Obama não fez praticamente nada para se instruir de forma direta sobre a guerra no Iraque", atacou o presidente do Partido Republicano, Mike Duncan.
"Por que Obama está pronto para negociações frente a frente com (o presidente iraniano) Mahmud Ahmadinejad, mas rejeita reuniões frente a frente em Bagdá com nossos responsáveis militares?", questiona Duncan."
No dia seguinte da confissão de um ex-porta-voz da Casa Branca de que o governo Bush usou artifícios e propaganda para nos levar à guerra, parece estranho que McCain, sempre pronto a acreditar nas justificativas da guerra, dê lição nos outros sobre a profundidade de sua compreensão sobre o Iraque", rebateu o porta-voz de Obama, Bill Burton, referindo-se ao livro What happened: inside the Bush White House and Washington's culture of deception, lançado pelo ex-porta-voz da presidência Scott McClellan.
France Press-Correio Braziliense
