sexta-feira, 16 de maio de 2008

Lula não descarta tensão entre chefes de Estado na 5ª Cúpula América Latina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (15), ao chegar a Lima, que não se pode descartar a possibilidade de haver pontos de tensão nos debates entre os chefes de Estado que participam nesta sexta-feira (16) da 5ª Cúpula América Latina, Caribe e União Européia.

Entretanto, ele destacou que nunca houve um momento de "tanta democracia na América Latina" e tocou em um assunto polêmico ao falar das Forcas Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"É verdade que pode ter uma ou outra tensão, mas é verdade que temos democracia aqui como jamais tivemos em nenhum outro momento histórico. Hoje, com exceção das Farc, você não tem nenhum grupo propondo luta armada, você não tem guerrilha, você não tem terrorismo e você tem os países construindo a democracia. É isso que interessa", afirmou Lula.


A cúpula reúne hoje(16) presidentes que têm feito declarações polêmicas em relação a outros líderes, como o boliviano Evo Morales, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e os presidentes da Colômbia, Alvaro Uribe, e do Equador, Rafael Correa.

Ligação entre Chávez e Farc
Os três últimos se desentenderam após o episódio em que o número dois das Farc, Raúl Reyes, foi morto durante ação militar da Colômbia em território equatoriano. O governo de Bogotá acusou a Venezuela e o Equador de terem ligações com a guerrilha colombiana.

Após a ação, Uribe enviou à Interpol computadores que conteriam dados que comprovam a ligação de Chávez com as Farc. Em entrevista realizada nesta quinta-feira, a Interpol confirmou que os dados encontrados em computadores de Raúl Reyes são verdadeiros, e confirmam uma relação direta entre o governo equatoriano e venezuelano, presidido por Hugo Chávez, com a guerrilha colombiana.

Chávez classificou o relatório de "palhaçada" e chamou o chefe da Interpol de "vagabundo internacional".

Fonte:G1(Com informações da Agência Brasil e da France Presse)