Empresários, políticos, lobistas, doleiros e advogados encontraram um modo engenhoso de fugir aos grampos telefônicos e às escutas ambientais. Recorrem cada vez mais à instalação de salas blindadas em suas empresas ou escritórios.
Estima-se que, em 2007, foram construídas entre 90 e 100 ambientes do gênero em São Paulo e Brasília. Antes, a média de encomendas era de 30 por ano. As salas blindadas têm entre 30 e 40 metros quadrados. Custam de R$ 200 mil a R$ 250 mil. Diz-se que são inexpegnáveis à bisbihotice –seja ela oficial ou cladestina.
“Agora você pode escolher entre entrar nu na piscina com seu cliente ou pagar pelo uso de uma sala blindada, totalmente imune a grampo telefônico ou ambiental”, diz Jorge Maia, diretor de tecnologia da B2T - Business to Technology, empresa pioneira no fornecimento das tais salas. “A paranóia existe, mas para todo veneno há um antídoto. Curiosamente, a B2T traz em seu catálogo de clientes até a Polícia Federal.