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Olhem, vou-lhes dizer uma coisa:
Tenho vontade de meter um chute no saco do Clóvis Rossi.Afirmar que o PT copia a corrupção do PSDB, como fez Clóvis Rossi, faz supor que aos novos mandatários faltaram imaginação e moral própria para acabar com ela. Isso é uma teoria política? Tá bom: e os tucanos? Teriam copiado de quem? Dos militares? E os militares? Da geração pré-1964? E a geração pré-1964? Chegaremos à colônia? Vamos mesmo transformar a safadeza num destino, numa teoria da história?
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Quer dizer que é preciso que um adversário do PT seja imaculado para que se possa, então, com justeza, atacar as falcatruas petistas? Houve bandalheira nos governos anteriores? Houve, sim. Que eu tenha visto, o jornalismo não se encarregou de justificá-las. Que eu me lembre, ninguém dizia: “É, isso está errado, mas os petistas também não são santos”. E a imprensa agiu bem naquele tempo. Não fazia mesmo sentido justificar o erro dos que estavam no poder com os erros de quem não estava. Imoral é a sabujice de agora, essa mania estúpida — e muito petista — de justificar o que há pelo que houve(...).
Não, senhor Clóvis Rossi a corrupção petista merece ser vista na sua dimensão fenomenológica; tem a sua própria genealogia: merece uma descrição essencial diferente de tudo o que houve antes.
Em virtude dos argumentos apresentados concluo:Os velhos jornalistas brasileiros,como o idoso Clóvis Rossi, só conseguiam criticar o comunismo se, antes,levassem uma "dura" dos militares(...).