Não sei dizer – nem acho que valha a pena arriscar prognósticos – até onde vai o tipo de crise que alguns ainda insistem em caracterizar como uma “correção” em mercados especulativos. Parece-me suficientemente estabelecido que se trata de problema muito mais grave.
O “problema” é que o mundo entende que a economia americana não funciona como deveria, mas não pode simplesmente deixá-la de lado em busca de outras mais atrativas – o velho papel desempenhado por “economias do Terceiro Mundo”
Não importa se as causas da crise atual são atribuídas à crise de crédito, à falta de regulação dos sistemas financeiros, à particular conduta de governos ou, simplesmente, ao humor de consumidores acostumados durante anos a viver acima de seus limites (os americanos), a primeira vítima é uma palavra: “decoupling”.
Resta apenas um consolo,mas não se trata daquele "consolo"que o colega Jabor usa em si mesmo,o fato é:ninguém conseguiu até agora prever exatamente quando uma recessão de grandes proporções começaria, e nem quando terminaria.
O “problema” é que o mundo entende que a economia americana não funciona como deveria, mas não pode simplesmente deixá-la de lado em busca de outras mais atrativas – o velho papel desempenhado por “economias do Terceiro Mundo”
Não importa se as causas da crise atual são atribuídas à crise de crédito, à falta de regulação dos sistemas financeiros, à particular conduta de governos ou, simplesmente, ao humor de consumidores acostumados durante anos a viver acima de seus limites (os americanos), a primeira vítima é uma palavra: “decoupling”.
Resta apenas um consolo,mas não se trata daquele "consolo"que o colega Jabor usa em si mesmo,o fato é:ninguém conseguiu até agora prever exatamente quando uma recessão de grandes proporções começaria, e nem quando terminaria.
Josias de Souza:
Afora o receio de que a taxa de inflação lhe fuja ao controle, as autoridades monetárias do Brasil olham de esguelha para as nuvens espessas que se formam sobre a economia dos EUA. O temporal está armado. A dúvida é se será uma tempestade suportável ou uma tsunami econômica.A palavra da moda nos círculos financeiros do mundo é “decoupling”. Significa, na língua de Camões, “descolamento”. Em economês, a língua dos economistas, quer dizer que economias emergentes, como a do Brasil, estariam imunes à borrasca norte-americana.