Relatório da PF mostra esquema de quadrilha para liberar verbas do BNDES
Um relatório detalhado da Polícia Federal mostra como funcionava o esquema da quadrilha que prometia liberar verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Foram cinco meses de investigações.
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Pessoas com influência política facilitavam a liberação de verbas e ficavam com uma parte.
Segundo a polícia, pessoas com influência política procuravam prefeituras e empresas privadas interessadas em empréstimos do BNDES, ofereciam facilidades e indicavam uma consultoria.
O grupo conseguia a aprovação do empréstimo e, quando o dinheiro era liberado, ficava com uma comissão. A investigação constatou que João Pedro de Moura, que está preso e já foi conselheiro do BNDES e assessor da Força Sindical, era o responsável pela ligação da quadrilha com o banco. A polícia descobriu que João Pedro atuou na aprovação de pelo menos três empréstimos, somando mais de 500 milhões de reais. O relatório mostra que a quadrilha ficaria com uma comissão de 4%. Marcos Vieira Manotvani, preso na semana passada, é sócio da empresa de consultoria Progus, que fez os pedidos de financiamento ao BNDES. Ele seria o responsável, segundo a polícia, pelo pagamento das comissões para pessoas que ajudavam a liberar o dinheiro. Elas seriam, de acordo com o relatório da Polícia Federal, Paulinho, o deputado federal do PDT Paulo Pereira da Silva, que também é presidente da Força Sindical; Ricardo Tosto, advogado, conselheiro e representante da central sindical no BNDES; e José Gaspar, vice-presidente do PDT em São Paulo. O relatório traz o resumo de uma das conversas telefônicas interceptadas: Mantovanni confirma para João Pedro de Moura o recebimento da comissão referente a um empréstimo do BNDES e acrescenta que já separou a parte do “RT” e do “PA”, que seriam, segundo a Polícia Federal, Ricardo Tosto e Paulo Pereira da Silva.
Depois disso, a Polícia Federal flagrou Mantovani entrando de carro no estacionamento do prédio onde fica o escritório de Ricardo Tosto. Os agentes também fotografaram a ida de João Pedro de Moura ao gabinete do deputado Paulo Pereira da Silva, em Brasília. E depois saindo do gabinete do deputado Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara.
A Polícia Federal agora quer saber o que ele foi fazer na Câmara dos Deputados. No depoimento, nesta segunda-feira (28), João Pedro de Moura preferiu ficar calado. Ele afirmou que só vai falar na Justiça. Já o advogado Ricardo Tosto, que foi libertado no sábado, não quis falar sobre o assunto nesta segunda (28). Ele apenas divulgou uma carta que enviou ao presidente do BNDES, na qual pede uma auditoria interna no banco e solicita o seu afastamento temporário do conselho.
Fonte:G1, com informações do Jornal da Globo
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