Na verdade, o fator principal que parece estar empurrando os preços de alimentos para cima é o velho petróleo. Novas classes médias emergentes principalmente em países como Índia e China estão consumindo cada vez mais carne e leite. Os animais são alimentados com rações que precisam, para aumento da produtividade, de mais fertilizantes – que são produtos petroquímicos obtidos em boa parte com o petróleo, cujos preços bateram todos os recordes.
Outro fator é o tipo de ajuda que o governo americano, por exemplo, proporciona aos produtores de milho destinado ao etanol – que jamais teria condições de competir com o etanol brasileiro obtido a partir de cana. Mas aí temos outro argumento que é usado contra o Brasil: biocombustíveis como os que produzimos seriam obtidos a partir de avanços sobre florestas tropicais.