As denúncias contra Mulholland surgiram no início de fevereiro, em meio ao escândalo da farra com os cartões corporativos, que resultou na demissão da ministra Matilde Ribeiro. A UnB apareceu como líder no ranking de instituições federais em gastos com cartões e o reitor teria usado recursos públicos de uma fundação, no total de R$ 470 mil, para mobiliar seu apartamento funcional. Na terça-feira, o Ministério Público entrou com ação contra ele por improbidade administrativa. O reitor nega irregularidades.
A decisão de deixar definitivamente o cargo foi comunicada ontem, por telefone, a Haddad, que estava reunido, em Brasília, com representantes de professores e membros do Conselho Universitário da UnB, para discutir a situação da universidade.
A renúncia será oficializada hoje, quando o secretário de Ensino Superior do ministério, Ronaldo Mota, vai se encontrar com Mulholland.
No sábado, Mulholland, Mamiya e Haddad se reuniram no ministério. Após o ministro ter pedido a eles “uma decisão definitiva para a crise da UnB”, Mamiya apresentou seu pedido de exoneração. Haddad contou que Mulholland não falou, anteontem, sobre a possibilidade de renúncia. Na quinta-feira, ele havia pedido afastamento do cargo por 60 dias.Ontem, em entrevista coletiva, Haddad disse que o ministério espera receber até as 18 horas de amanhã as indicações da comunidade acadêmica de nomes para ocupar temporariamente a reitoria da UnB. O escolhido, que deve ter seu nome publicado no Diário Oficial de quarta-feira, ficará no cargo por 90 dias, prorrogáveis por mais 90, e terá, entre outras atribuições, a tarefa de organizar as eleições para a escolha do novo reitor.
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Fonte:Estadão