quinta-feira, 3 de abril de 2008

Caso Isabella :Casal investigado foram levados na noite desta quinta-feira (3) para delegacias em São Paulo onde cumprirão a prisão temporária

Deu no G1:
Pai e madrasta de Isabella ficam sob custódia em delegacias
Após realizarem exames de corpo delito no Instituto Médico-Legal (IML), na região central de São Paulo, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá foram levados na noite desta quinta-feira (3) para delegacias em São Paulo onde cumprirão a prisão temporária decretada pela Justiça. O casal é investigado na morte de Isabella Nardoni, de 5 anos.

Veja a cronologia do caso
Anna deixou o IML às 20h45 e foi encaminhada para o 89º DP, no Portal do Morumbi. Ele chegou por volta das 21h à delegacia acompanhada por um advogado. No local, o clima era tranqüilo e era pequena a concentração de curiosos.

Alexandre deixou o IML às 21h e foi encaminhado ao 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, no Centro. Quando chegou ao local, um grupo de curiosos gritava xingamentos e pedia justiça. Por causa da aglomeração no local, o advogado Ricardo Martins, que acompanhava o pai de Isabella, foi escoltado na saída da delegacia por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.
O casal pode ficar preso por 30 dias e a prisão pode ser prorrogada por mais 30. Segundo o delegado Aldo Galeano, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), a detenção foi pedida por causa de contradições nos depoimentos e pontos a serem esclarecidos na investigação.
Integridade física
O casal se entregou à polícia nesta tarde após os advogados negociarem garantias de sua integridade física por causa da comoção que o caso provocou. No início desta quinta, ambos divulgaram cartas, escritas de próprio punho, em que afirmam não serem culpados pela morte da criança e declaram amor por Isabella. Nos textos, Alexandre e Anna Carolina dizem que não tinham se pronunciado ainda porque acreditavam “que o caso seria solucionado” e que acreditam que a “verdade prevalecerá”.Eles se apresentaram ao juiz que havia decretado a prisão de ambos na quarta-feira (2), no Fórum de Santana, por volta das 17h. Em seguida, foram encaminhados para o o 9º Distrito Policial, no Carandiru, na Zona Norte, de onde sairam algemados em direção ao IML. Vários curiosos em frente à delegacia xingaram os dois durante a saída.

Perícia
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) voltaram ao prédio na Zona Norte de São Paulo onde mora Alexandre Nardoni na noite desta quarta-feira (2). Foi a terceira vez desde a morte da garota, no fim da noite deste sábado (29). Desta vez, eles usaram equipamentos sofisticados para encontrar pistas que ajudem a desvendar o caso.

Os peritos usaram um material capaz de detectar vestígios de sangue. Trata-se de um composto químico conhecido como luminol. Em contato com sangue, a mistura reage e libera uma luz verde ou azulada. A reação química revela, por exemplo, pegadas de sangue imperceptíveis a olho nu e só detectadas com a ajuda de uma luz forense.
A polícia investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes de o corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado (29) ou se caiu do 6º andar do prédio no Carandiru.

Versão do pai
A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30. Alexandre Nardoni afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim. Ele sustenta a versão de que alguém entrou na casa, possivelmente para assaltar, mas a polícia diz que nada foi roubado.

Fonte:Globo.com